OBESIDADE E A SAÚDE DA MULHER
A obesidade impacta a saúde e bem-estar das mulheres ao longo da sua vida. É uma doença complexa e multifatorial, influenciada por múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, ambientais, socioeconômicos e genéticos.
A causa fundamental da obesidade é um desesquilíbrio entre a quantidade de energia consumida e a quantidade de energia gasta nas atividades diárias.
A obesidade pode ser diagnosticada pelo índice de massa corporal (peso/altura ao quadrado)
< 18.5 baixo peso
18.5-25 faixa normal-
25-30 sobrepeso
30-34.9 obesidade grau I
35-39.9 obesidade grau II
>40 obesidade grau III
A medida da circunferência abdominal pode ser usada junto com o IMC para avaliar o risco adicional de desenvolver complicações relacionadas à obesidade. Nas mulheres, uma medida acima de 88 cm, aumenta risco de diabetes, hipertensão, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.
Infância e adolescência:
Aumenta o risco de diversas condições médicas como diabetes, síndrome metabólica, colesterol, gordura no fígado, complicações ortopédicas, além de afetar o bem-estar social e emocional. Até recentemente, essas complicações eram vistas apenas em adultos, mas agora são extremamente prevalentes em crianças e adolescentes obesos.
Em meninas, a obesidade causa alterações hormonais que podem resultar em síndrome dos ovários policísticos e infertilidade na vida adulta. Além de complicações psicossocias como insatisfação com o corpo, depressão, baixa auto-estima, discriminação e marginalização social, distúrbios alimentares, entre outros. Também está associada à início precoce da puberdade e anormalidades menstruais.
A obesidade na infância também demonstrou afetar negativamente o desempenho escolar, podendo ter impacto educacional e financeiro na vida adulta.
Idade reprodutiva:
Aumenta o risco de infertilidade ( 29% menos chance de engravidar, menores taxas de sucesso em fertilizações in vitro,…) e complicações materno-fetais durante a gravidez, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia ( aumento da pressão), parto prematuro, macrossonia (bebês muito grandes) e natimortos.
Cerca de 50% das mulheres que tiverem diabetes gestacional irão desenvolver diabetes tipo 2 em até 5 anos após a gravidez. E as crianças nascidas de mães com obesidade e/ou que tiveram diabetes gestacional tem até 8 vezes mais chances de desenvolver diabetes e obesidade em sua adolescência ou vida adulta.
Meia idade:
O avaço da idade e a menopausa estão associados a um aumento de massa gorda e redistribuição da gordura para a área abdominal, aumentando o risco de múltiplas comorbidades, como doença cardiovascular, que é a principal causa de morte em mulheres na pós-menopausa.
Ocorre estigmatização, menores oportunidades de emprego, impactos psicológicos.
A obesidade está associada com mais de 195 complicações de saúde, e mesmo uma perda de peso pequena (5-10% do peso corporal) já traz reduções nos riscos gerais.
Idade avançada:
A obesidade tem importantes implicações funcionais em mulheres mais velhas, devido ao declínio da atividade física e gasto energético, o que causa fragilidade ou perda degenerativa de massa muscular. Há declínio nas atividades diárias, particularmente na mobilidade, baixa força muscular, baixa velocidade de caminhada, pouco equilíbrio, fadiga, isolamento social.
A expectativa de vida também diminui com o aumento do IMC. A probabilidade de alcançar a idade de 70 anos diminui com o aumento da obesidade: IMC 30-35 83%, 35-40 80%, >40 72%.
O apoio de profissionais de saúde pode ajudar a alcançar e manter uma perda de peso clinicamente significativa. Dra Rachel Giovanella tem ampla experiência no tratamento da obesidade e de suas comorbidades, podendo auxiliá-la nessa luta.
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